"É uma espécie de mãe que nos morre porque ela encontrava sempre uma forma de ajudar os escritores mais novos, não só no sentido intelectual como afetivo", recordou Luísa Ducla Soares em declarações à agência Lusa.
"Às vezes era tão boa, tão benévola, que até era difícil ser júri de prémios literários com ela porque encontrava algo de positivo até nas coisas más", recordou a escritora de 71 anos.
Luísa Ducla Soares considera que Matilde Rosa Araújo "era uma pessoa que nasceu para encontrar o bem e para o espalhar", mas, ao contrário do que se pensa, "era muito divertida no convívio".
"Era uma fonte de graça e humor, por oposição à faceta doce, carinhosa e melancólica que a maioria das pessoas conheceu", descreveu, sobre a amiga de décadas.
Na obra, as preferências de Luísa Ducla Soares vão para a poesia, sobretudo "O Livro da Tila" e "O Cantar da Tila".
Matilde Rosa Araújo morreu hoje de madrugada, em Lisboa, na casa onde vivia com a irmã.(Fonte-destak)